Hospital Maria Lucinda realiza cirurgia pediátrica de alta complexidade de reconstituição de bexiga e do trato geniturinário através da Técnica de Kelly  pelo SUS
  • 29 Mai

Hospital Maria Lucinda realiza cirurgia pediátrica de alta complexidade de reconstituição de bexiga e do trato geniturinário através da Técnica de Kelly pelo SUS

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Em menos de um ano, pela segunda vez consecutiva, o Hospital Maria Lucinda realizou, no último sábado, dia 27 de maio, uma cirurgia complexa de reconstituição de bexiga e órgãos dos sistemas reprodutivo e urinário. O procedimento, que beneficiou um paciente de 5 anos do sexo masculino, residente em Nazaré da Mata, fez parte do LXXVIII Encontro do Grupo Multi-Institucional para Tratamento de Extrofia de Bexiga, para realização de cirurgias reparadoras por meio da Técnica de Kelly.

A cirurgia contou com a participação de cerca de 15 renomados profissionais de diversos estados do Brasil, entre eles, o urologista pediátrico Nicanor Macêdo, do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle Rio de Janeiro; o superintendente do Hospital Maria Lucinda, o cirurgião Luiz Alberto Araújo, que coordenou a ação local; a cirurgiã pediátrica Ana Gabriela Santos; as anestesistas Givanete Almeida e Márcia Japiassu. Todo deslocamento da equipe é custeado pelos próprios profissionais.

Luiz Alberto Araújo explica que a cirurgia, que dura cerca de 9 horas, é indicada para corrigir a má formação do aparelho geniturinário, melhorando a incontinência urinária e o aspecto estético e funcional do pênis. “Os pacientes com essa anomalia nascem com a bexiga exposta para fora do abdômen. Com isso, há perda de urina, uma vez que o paciente não tem nenhum mecanismo de continência, além de ter a genitália completamente aberta”, afirmou.

O cirurgião destaca os benefícios do procedimento. “Antes da Técnica Kelly, os pacientes com extrofia de bexiga, anomalia rara que atinge 1 a cada 50 mil nascidos, tinham de realizar diversas cirurgias. “Com a técnica, as correções acontecem de uma única vez, apresentando melhores resultados e proporcionado mais qualidade de vida para os pacientes”, ressaltou.

De acordo com Luiz Alberto Araújo, como a cirurgia é de alta complexidade, exige muitos cuidados no pós-operatório. "O pequeno paciente está na UTI, mas se recupera muito bem. A cirurgia foi um sucesso! O nosso objetivo é realizar cada vez mais procedimentos, porque, apesar de raros, há uma fila de espera de pacientes em muitos estados e aqui não é diferente”, disse.

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