Rarus: serviço de referência do Hospital Maria Lucinda oferece atendimento integral gratuito para pacientes com Doenças Raras
  • 27 Fev

Rarus: serviço de referência do Hospital Maria Lucinda oferece atendimento integral gratuito para pacientes com Doenças Raras

Compartilhe esse artigo

No Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, unidade destaca a capacidade para assistir cerca de 500 usuários por mês

No Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, a Fundação Manoel da Silva Almeida / Hospital Maria Lucinda destaca a oferta de tratamento integral e gratuito para pacientes com essas condições. Através do Serviço de Referência em Doenças Raras (Rarus), fruto de um convênio com o Governo do Estado, são oferecidos atendimentos ambulatorial e hospitalar em diversas especialidades para garantir acompanhamento de crianças e adultos que convivem com as patologias. O local realiza atendimentos exclusivamente pelo SUS e tem capacidade para assistir cerca de 500 usuários por mês, sendo mais da metade dos atendimentos voltados para moradores do interior do estado.

Desde 2018, o Rarus dispõe de uma série de linhas de cuidado que incluem diagnóstico de doenças raras, acompanhamento clínico multiprofissional, tratamento dos casos já diagnosticados, aconselhamento genético e pesquisas em doenças raras. Para o primeiro atendimento, é necessário que o paciente seja encaminhado por um médico do SUS, através da Regulação da Secretaria Estadual de Saúde.

Localizada no bairro do Derby, área central do Recife, a unidade ambulatorial dispõe de cinco salas de atendimento e diversas especialidades, como Pediatria, Neurologia, Genética, Cardiologia, Pneumologia, Ortopedia, Psicologia, Fonoaudiologia, Nutrição e Fisioterapia, além de brinquedoteca para crianças em espera.

A unidade hospitalar, situada no Hospital Maria Lucinda, no bairro do Parnamirim, oferece suporte para casos mais complexos, incluindo Cirurgia Pediátrica, Ortopedia, Assistência Farmacêutica e tratamentos especializados, como administração de medicamentos por via endovenosa e intra-tecal. O Hospital conta ainda com UTI neonatal, pediátrica e adulta, além de serviços de laboratório e radiologia.

No Brasil, para serem caracterizadas como doenças raras, leva-se em consideração o critério estabelecido pela Organização Mundial de Saúde: aquelas que acometem no máximo 65 pessoas a cada 100.000 habitantes (ou 1,3 a cada 2.000 indivíduos). Embora o número exato dessas doenças seja desconhecido, estima-se que existam mais de 5.000 tipos, cujas causas podem estar relacionadas a fatores genéticos, ambientais, infecciosos, imunológicos, entre outros. Algumas que se enquadram nesta definição são Distrofia muscular de Duchenne, Fibrose cística, Esclerose lateral amiotrófica (ELA), Síndrome de Guillain-Barré, Doença de Crohn.

Para o coordenador do Rarus e médico hepatologista , Marcelo Kerstenetzky, é indispensável alertar para esse tipo de condição. “Estudos científicos mostram que o tempo que leva para um paciente ter o diagnóstico fechado de uma doença rara é muito alto, podendo levar anos. Isso ocorre, principalmente, pela própria raridade da doença, que dificulta seu reconhecimento; e pela complexidade e custo dos exames necessários. Por isso, é muito importante o investimento na saúde pública e privada e também na existência de serviços de referência para diminuir essa demora e garantir cuidado aos pacientes”, ressalta.

A maior parte das doenças raras afeta crianças, mas podem aparecer ao longo da infância ou na idade adulta, afetando diversos sistemas que compõem o organismo humano, podendo causar deficiências e alterações no desenvolvimento. As abordagens de cuidado à uma pessoa com doença rara envolvem nutricionista, fisioterapeuta, odontólogo, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, farmacêutico, fonoaudiólogo, enfermeiros, técnicos e médicos nas mais diversas especialidades. “Nenhuma jornada deve ser enfrentada sozinha, especialmente quando se trata de uma doença rara. Nosso compromisso é acolher cada paciente com dedicação e oferecer o suporte necessário para que ele tenha qualidade de vida. Unidos, transformamos desafios em superação e esperança", destaca Kerstenetzky.

SOBRE A DATA - O Dia Mundial das Doenças Raras foi criado em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis) para conscientizar a sociedade e os gestores públicos sobre a importância do atendimento especializado. No Brasil, a data foi oficializada em 2018 pela Lei 13.693. Segundo o Ministério da Saúde (MS), o SUS oferece atendimento integral a pacientes com doenças raras por meio da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, instituída em 2014. Os serviços incluem diagnóstico, tratamento, reabilitação e assistência multidisciplinar.

Newsletter

Fique por dentro do Maria Lucinda